* E já está!!!
Já vendemos a casa que era nossa e que tanto esforço fizemos, ou eu fiz, para a ter...
Já vendemos a casa, os objetos e as memórias...
As lembranças também estão a ser vendidas, aos poucos e poucos...
E a certeza que outrora era dúvida ainda, cada vez dá mais lugar a dias e pessoas de luz e de alegria...
Já não me incomodas...
Já não verto uma lágrima cada vez que penso em ti...
Já não sinto saudades de tudo aquilo que, um dia, vivemos juntos...
Já não te quero!!!
E quanto mais me tento convencer disso, mais certezas tenho do que, afinal, não quero para mim.
E é isso...não te quero!
Praticar o desapego custa. Custa tanto que chega a doer a mente, o corpo e a alma...
Praticar o desapego mói, queima, irrita...faz-nos querer morrer por dentro e por fora.
Praticar o desapego devia ser proibido! Mas quando ultrapassamos essa barreira ténue e que nos deixa mal...vemos a luz e óh...esse sinónimo de liberdade é tão refrescante.
É rejuvenescedor sentir e começar tudo de novo...passinho a passinho sem, afinal, ter certezas de nada daquilo que o destino, esse malandro que tantas partidas nos prega, tem reservado para nós.
E, no fim de tudo o que era e já não é, refletes sobre quem eras e sobre quem és e vês que afinal os dias maus não podem durar para sempre e que tu te vais construindo à medida que os obstáculos e os desafios da vida passam por ti...em cada queda que dás, te erguerás mais forte e confiante.
E é assim...já não temos casa e pouco resta do que ainda nos une mas, eu saio de consciência tranquila e com certezas do que - não - quero para mim...
* Aos poucos agradeço e só peço...que o medo não me impeça de tentar...*
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